As
mulheres da Palestina recebiam tradicionalmente como presente de casamento uma
coleção de dez moedas. Essas moedas eram levadas no pulso, usadas como colar ou
pendentes ao redor na cabeça. Eram como se fosse hoje a aliança de casamento.
Muitas as guardavam como sua posse mais preciosa para dar depois à filha mais
velha, quando ela se casasse. Podemos então imaginar a grande perda que
significava o desaparecimento de uma dessas moedas.
Em
termos econômicos, o valor de compra de uma dracma equivalia ao salário de um
dia. O valor dessa moeda, no entanto, era mais emocional – da mesma forma que
guardamos uma lembrança simples de alguém a quem apreciamos. Quanto custa a
fotografia dos filhos quando eram pequenos? Financeiramente, pouco; mas, em
termos afetivos, muito.
Quando
perdemos um objeto assim, viramos e reviramos tudo dentro de casa. Coisas,
objetos inanimados de uma hora para outra adquirem valor incomum. Assim,
encontrar a moeda tornou-se uma prioridade.
A
moeda foi perdida não nas montanhas, nem em terra distante. O fato é que, por
um aparente descuido e desatenção, alguma coisa valiosa acabou ficando perdida
dentro de casa. Tanto a ovelha como a moeda foram achadas e falam da
determinação de Deus em buscar o perdido. Deus está procurando, não porque
tenha se esquecido de onde estejamos. Ele sabe onde estamos. A ovelha e a moeda
falam de sua determinação em nos procurar.
Diante
de Deus, as pessoas têm grande valor. Somos importantes para ele. Assim, a
parábola tem o objetivo de convidar a todos para que se regozijem com aqueles
que foram achados. A transformação, mesmo que seja de uma só pessoa, traz
alegria para ele como também para aqueles que compartilham seu amor.
A
mulher da parábola fez três coisas: acendeu uma lâmpada para ver em que canto
escuro estava a moeda. Depois varreu toda a casa. E, finalmente, pôs-se a
procurar imediata e diligentemente.
É
tempo de as moedas perdidas serem encontradas. Alguns dos nossos filhos que
cresceram conosco, por decisão própria, se afastaram de Deus. A moeda perdida
também "representa os que estão perdidos em delitos e pecados, mas não
estão conscientes de sua condição" (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p.
193). A oração é um canal de comunicação aberto que pode nos ajudar nessa
busca.
A
parábola termina com uma nota de regozijo: a moeda foi encontrada!
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