Que
Deus escolheria uma adolescente desconhecida e não uma celebridade para ser Sua
mãe e um carpinteiro desconhecido para ser Seu pai? Pense nessa adolescente
judia e em sua vida nas montanhas de Nazaré, sempre ocupada, carregando água,
cuidando da colheita, preparando a comida, fiando e tecendo, confeccionando o
enxoval para casar.
Com
essas preocupações diárias e em meio a esses preparativos, ela recebe a visita
do anjo. Ele a cumprimenta como se ela fosse a vencedora de um grande concurso.
O que ela escuta em seguida é o que qualquer mulher de sua geração gostaria de
ouvir: "Seu filho será o Messias, o prometido Salvador."
Um
turbilhão de emoções deve ter invadido a mente de Maria: "Mas como? Eu sou
virgem! Deve ser um engano. Como posso estar grávida? Como vou contar de minha
gravidez para meu pai, para minha mãe? E para o meu noivo?"
A
Bíblia resume, dizendo: "Ela estava perturbada em seu coração." Era
uma mulher sujeita às mesmas dúvidas, fadigas e medos que assaltam a todas as
mulheres.
José
decidiu recebê-la em sua casa, como esposa. Ele queria apagar o estigma social que
poderia vir sobre Maria. Os dias se tornaram meses, e no fim da gravidez, em
meio a uma multidão desconhecida, estava ela em migração forçada para um
recenseamento. Estradas poeirentas, passagens em meio às montanhas, o balançar
em cima do burrico e a promessa de que Aquele que estava em seu ventre era o
Filho de Deus.
Podemos
imaginar a frustração de José quando chegou a hora de o bebê nascer e ele não
encontrava lugar para onde levar a esposa. "Será que não havia alguma
coisa errada?" Maria se lembrou das palavras do anjo: "Ele será
rei." Onde estavam as boas-vindas que o Rei e Salvador merecia? Onde
estavam os fogos de artifício, as casas cheias de luzes, a glória? Jesus
apareceu sem euforia coletiva, sem alvoroço. Apenas uma estrela. Apenas um
pequeno coro de anjos.
Paulo
Butler diz: "A grande eternidade numa criança, os raios de glória envoltos
em panos, todo o Céu num coreto de um estábulo. E aquele que está em todos os
lugares quer um lugar."
"Aquele
que é a Palavra tornou-Se carne e viveu entre nós. Vimos a Sua glória, glória
como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade" (João 1:14).
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