Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente
dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar. Gênesis 3:15
A jornada da vida está repleta de surpresas. Um jovem, com o mundo aos seus
pés, joga tudo fora e destrói a vida. Após 20 anos de amor e companheirismo ao
buscar construir um lar e estabelecer uma família, um cônjuge abandona tudo e
foge com outra pessoa.
Mas há também o outro lado. Existem crianças que aparentemente têm tudo contra
si, crianças que nasceram em lares destruídos e defeituosos, crianças cujos
pais são alcoólatras, crianças sem alguém próximo que tenha ao menos completado
o ensino médio, crianças condenadas à morte prematura por causa das drogas, do
conflito entre gangues ou do abuso, mas que de alguma forma sobrevivem, quebram
o ciclo, prosseguem quem sabe nos estudos e contribuem para o bem da sociedade,
que fica impressionada ao saber de suas origens.
Não estamos sozinhos na batalha desta vida. Se estivéssemos sozinhos, todos
nós, a despeito das condições em que fomos criados, seríamos marionetes do
diabo. Seríamos movidos para lá e para cá, presos aos cordéis em suas mãos. A
queda no Jardim do Éden inclinou de forma irresistível a nossa natureza ao
pecado. É muito mais fácil mentir do que falar a verdade, odiar do que amar,
trair do que ser fiel.
Mas não estamos sozinhos. Deus não nos deixou no poço que nós mesmos cavamos.
Ele pôs inimizade entre a serpente e nós. Não temos que obedecer à ordem de
Satanás. Podemos buscar a Deus.
O que é essa inimizade, essa oposição contra o mal, que corre contra a nossa
natureza? É a graça.
“É a graça que Cristo implanta na alma que cria no homem a inimizade contra
Satanás. Sem esta graça que converte, e este poder renovador, o homem
continuaria cativo de Satanás, como servo sempre pronto a executar-lhe as
ordens. Mas o novo princípio na alma cria o conflito onde até então houvera
paz. O poder que Cristo comunica habilita o homem a resistir ao tirano e
usurpador. Quem quer que se ache a aborrecer o pecado em lugar de o amar, que
resista a essas paixões que têm dominado interiormente e as vença, evidencia a
operação de um princípio inteiramente de cima”.
Obrigado, querido Deus, por essa abençoada inimizade!
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