A todos os que em Roma são amados de Deus e chamados para serem santos: A
vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo. Romanos
1:7
O
apóstolo Paulo amava a palavra “graça”. Suas cartas geralmente começavam da
mesma maneira que a Epístola aos Romanos: “A vocês, graça e paz da parte de
Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo” (Rm 1:7). Para concluir as cartas,
quase sempre escolhia palavras semelhantes, como as usadas para encerrar a
epístola aos Coríntios: “A graça do Senhor Jesus seja com vocês” (1Co 16:23;
ver 2Co 13:14; Gl 6:18; Ef 6:24; Fp 4:23; Cl 4:18; 1Ts 5:28; etc.).
Na
verdade, Paulo se referiu à graça aproximadamente 100 vezes, muito mais do que
qualquer outro escritor do Novo Testamento.
Por quê? Certamente porque Paulo mantinha sempre em mente o poder salvador de
Deus em sua vida. Todo pecado é horrível, mas o de Paulo tinha uma
característica que o separou da experiência dos primeiros cristãos. Paulo,
antes conhecido como Saulo, perseguiu terrivelmente a igreja primitiva. Tomado
pelo profundo desejo de zelar por aquilo que cria ser a verdade, canalizou
todas as suas energias para aniquilar os odiados seguidores do Caminho. Invadiu
a casa dos cristãos e arrastou homens e mulheres para a prisão.
Não
satisfeito em combater o movimento em Jerusalém e nas áreas circunvizinhas,
Paulo solicitou cartas de autorização ao sumo sacerdote para que pudesse atuar
também em Damasco. As palavras de Lucas no livro de Atos nos ajudam a ter uma
ideia do que se passava em seu coração: “Enquanto isso, Saulo ainda respirava
ameaças de morte contra os discípulos do Senhor” (At 9:1).
A
reputação de Saulo se espalhou rapidamente. Mesmo Ananias, discípulo fiel a
quem Deus ordenou que fosse se encontrar com Saulo, relutou em encontrar-se com
ele e atendê-lo em sua cegueira (v. 13).
Paulo
nunca se esqueceu de onde foi resgatado. Chamou a si mesmo de o pior dos
pecadores (1Tm 1:15) e “o menor dos apóstolos”, alguém indigno de ser chamado apóstolo
por ter perseguido a igreja de Deus (1Co 15:9).
Mas
Paulo também pôde escrever: “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou, e Sua
graça para comigo não foi inútil; antes, trabalhei mais do que todos eles;
contudo, não eu, mas a graça de Deus comigo” (v. 10).
A
graça fez a diferença para Paulo – em sua vida e em seu trabalho. Não é de
admirar que essa tenha sido a sua palavra predileta.
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